quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

E a falta que faz a simplicidade do que é importante... aquela visão de pássaros, aquele assunto de Deus.
Mas o amor não é coisa que acontece uma só vez, não. Ele é sentimento eterno que a gente traz no fundo do peito, e transforma em pessoa. A flor do amor tem muitos nomes.

Acho de coração pequeno aquele que diz que ‘é uma vez só e por todo o sempre’. Porque é sentimento infindo, e o que muda é o objeto do desejo. Uma vida tão bem vivida, uma vida tão bem amada. Aquela espécie de sol entrado, (...) luar que põe a lua inchada.

Mas, nem o mais real dos filmes, o mais bem escrito dos livros; nem lá a gente encontra a explicação que se procura. Porque a gente só quer encontrar aquilo do que sente falta.  E nem se dá conta de que a gente só sabe bem aquilo que não entende.

Quantos foram pra mim o sol em pulo de avanço, (...) poço que promete peixe... Daquelas mãos eu recebia certezas.

E eu os deixei partir. Como o pôr do sol que precede a noite de lua cheia. Como o orvalho que anuncia o dia. Igual a chuva que cresce as flores.Moço, toda saudade é uma espécie de velhice.
E, com o coração posto na beira, (..) uma má vazante, aquele silêncio de ferro, eu os libertei. Porque tem horas em que penso que a gente carecia, de repente, de acordar de alguma espécie de encanto. Pra se encantar novamente.

Amor não tem rosto nem nome, moço. Muito menos morada eterna.

E muito melhor uma coleção de amores que um ajuntamento de contenções. E, se estamos em constante transformação nesse mundão de Deus meu, só posso pensar que, de cada vivimento que eu real tive, de alegria forte ou pesar, cada vez daquela hoje vejo que eu era como se fosse diferente pessoa. Com o mesmo amor. De vários amores.


Um comentário:

  1. Poxa... Nessa, vc sabe tocar fundo em um coraçãozinho!!
    Lindo, inspirador, incrível!! obrigada!!!

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