E entre alegrias e ansiedades, eis que surge - ainda que de leve - o medo. Eu olho pra todos esses rostos bronzeados de sol, corpos que encaram o trabalho no campo, gente tão simples, tão feliz, tão minha.
A moda de viola na hora do almoço, o português à la Guimarães Rosa proseado por uma gente tão verdadeira e de amores tão intensos.
O cheiro da chuva na terra. Aquele bando de pássaros cantando pro pôr do sol. A comida perfumada e feita aos montes, porque na roça o almoço é sempre feito em toneladas... só quem viveu isso sabe bem o que é...
É um sotaque meio que único, um jeito preguiçoso de conversar sobre essa vida que passa quase que parando.
Tudo, por menor que seja, vira assunto. Tudo vira causo. E entre a preparação pra mudança e a viagem, tudo vira caos.
Mas, ninguém falou que seria fácil, ninguém falou que seria indolor. Porque, quanto mais as coisas aconteçam (e elas acontecem aos montes) mais humana eu fico, sujeita a milhares de dores e felicidades.
A vida aqui nessa terra assim: devagar, aos poucos, gigante, única. E um dia eu volto pra ela.
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