domingo, 27 de novembro de 2011

Prego os olhos no espelho na esperança de encontrá-lo lá no fundo, atrás das retinas. Ele me instiga tanto. Isso sem falar nos constantes pesadelos. Sonho que estou me afogando. Eu sempre morro afogada.
Sonho que corto os pulsos com estilhaços de estrelas. Imagino que cortar os pulsos não seja legal; vem a tontura e os vômitos. Sonho com os olhos de um homem, mas eu nunca vejo seu rosto. Ele me pega pela mão e me leva a caminhar. Andamos muito. Então, ele me beija a testa, diz que me ama, rasga minha blusa e me dá várias facadas. No exato momento em que vou ver seu rosto, puf, acordo.
Sonho com uma queda livre, tranquila, mas o chão nunca vem. Sonho em preto e branco... Engraçado, no próprio sonho eu estranho isso tudo. Palhaços, velhos, pessoas disformes. Eles riem de mim.
Mas lá em cima eu estava falando dele... Aaaahhh, como é difícil falar de alguém que acende as estrelas. “quando você sentir a neve pela primeira vez, ela nunca mais vai sair dos seus ossos.”

Um comentário:

  1. Espero que não seja esse o sonho que eu tenha participado, tenho medo de palhaços!

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